RESENHA DE MANGÁ: As Quíntuplas - Volume 1 (Panini)
Anime estreia amanhã!

The Quintessential Quintuplets retorna agora em janeiro, mais especificamente amanhã, para sua segunda temporada e para dar uma animada nos espectadores dessa obra, nada melhor que uma olhada pro início dessa história, mais especificamente do mangá. O primeiro volume de The Quintessential Quintuplets, ou melhor, As Quíntuplas, como é chamado no Brasil pela Panini.
As Quíntuplas é publicado no Brasil desde abril de 2020 e já tem cinco volumes lançados, ou seja, recém-ultrapassou a primeira temporada da adaptação para anime. O sexto volume também já está prestes a sair por aqui, mas quem acompanha só pelo anime não precisa se preocupar porque ele deve dar uma acompanhada por enquanto o lançamento brasileiro da obra. Queria deixar de antemão a mensagem aqui que a série começa a ficar interessante de verdade a partir dessa nova temporada, mas esse é um papo pra outro momento.
No primeiro volume de As Quíntuplas conhecemos Fuutarou Uesugi, um estudante do ensino médio que vive numa situação de pobreza e economiza nas mínimas coisas para poder sobreviver junto de sua família (e principalmente para ajudar a garantir um futuro para sua irmã). Por outro lado, claro, conhecemos as cinco irmãs Nakano: Ichika, Nino, Miku, Yotsuba e Itsuki, que logo começariam a mudar a vida de Fuutarou aos poucos, querendo ou não. Ah, uma coisa importante sobre tudo isso: logo no início da obra sabemos que Fuutarou se casará com uma delas no futuro.
A história entre os seis começa quando Fuutarou é contratado pelo pai das garotas para ser um professor particular, já que todas as cinco têm dificuldades nos estudos a pontos extremos e Fuutarou, por outro lado, é alguém bastante esforçado para manter notas excelentes na escola. No entanto, as coisas não serão tão fáceis para o rapaz, já que a grande parte delas não demonstra interesse ou não respeita alguém na mesma idade que elas na posição de professor.
O primeiro volume não tem muito foco específico em alguma personagem em seus dois primeiros capítulos (que dão metade da edição), porém a segunda metade começa a ter um maior foco em Miku Nakano, que tem bastante interesse em história japonesa... ou pelo menos no período Sengoku, o que já é algo. Observando essa brecha, Fuutarou começa a dar seu primeiro passo em busca de começar a ensinar as irmãs, fazer elas passarem de ano e, assim, garantir seu querido dinheirinho.
Particularmente, não acho que o primeiro volume de As Quíntuplas seja muito atrativo (opinião que pra mim se mantém por pelo menos os cinco primeiros volumes). Sendo sincero, não recomendaria a obra com a visão apenas do início dela, mas não há como negar que há um charme de fundo.
No primeiro volume já é possível observar que existem conflitos que deixam a relação entre as irmãs um tanto conturbada, já que todas elas possuem personalidades muito fortes e bem únicas, apesar de serem quíntuplas e isso também é um ponto que a história quer entregar: não quer dizer que uma relação de sangue, mesmo que tão próxima, necessariamente obrigue-as a agir que nem uma pessoa só, mesmo que essa situação acabe gerando atrito).
Para quem pretende acompanhar a história do mangá, eu diria pra dar uma chance mesmo que o início seja um tanto fraco. Existe uma tentativa de encaixar um teor de comédia e, claro, alguns elementos de obras no estilo harém aqui e ali, porém nessa primeira edição realmente não funciona muito bem (inclusive acho que a adaptação animada dá uma boa ajeitada nesse início).
Introduzindo um pouco mais da obra, As Quíntuplas é um mangá de Negi Haruba que possui 14 volumes encadernados ao todo, que ficaram em publicação entre 2017 e 2020 no Japão. A serialização do título foi feita semanalmente na Shonen Magazine, revista da editora Kodansha.
Sobre a edição brasileira, como supracitado, ela é publicada no Brasil desde o ano passado e conta com cinco volumes encadernados até então. O sexto volume tem previsão para sair em fevereiro, mês em que acontecerá um reajuste de preço no mangá e ele passará a custar R$29,90 (os cinco primeiros volumes tem preço de capa de R$22,90).
O formato é o já conhecido padrão atual da Panini, nas dimensões 13,7 x 20 cm, papel offwhite e capa cartonada, com lançamento bimestral. Realmente não há muito o que se falar da edição. A leitura com o papel offwhite utilizado acontece sem muitos incômodos e acabamento é ok. Infelizmente a escalada para quase 30 reais no preço desanima um pouco para quem tem interesse em colecionar. Para quem pode comprar mesmo assim, pode seguir sem medo.
Ao menos no primeiro volume, não saltou aos olhos erros de revisão ou problemas de adaptação. O glossário no final também ajuda bastante para quem ficar meio perdido quando Fuutarou e Miku começam a soltar sem parar nomes importantes do período Sengoku. Entre outros conteúdos "extras", o primeiro volume tem quatro páginas coloridas no início da edição, além de uma historinha adicional no final do tomo. De brinde, o mangá acompanha um marcador de páginas.
Quem quiser acompanhar a obra também pela adaptação para anime, a primeira temporada de The Quintessential Quintuplets está disponível completa aqui na Crunchyroll.pt e a segunda entra em exibição amanhã, dia 7 de janeiro, com estreia já garantida por aqui.
O primeiro volume de As Quíntuplas foi fornecido pela Panini para a Crunchyroll Notícias.
Talles Queiroz (TekeEfe) é redator de notícias da Crunchyroll.pt e estudante de Letras pelo IFSP. Sofrendo por personagens 2D desde sempre, escrevendo sobre esse sofrimento desde 2013. Para surtos mais pessoais, o Twitter é TekeEfe também.