Comic Con Experience e o maravilhoso mundo das Cons!
A Comic Con Experience acabou, e foi um sucesso. Se você não conseguiu dar uma passadinha lá, saiba o que você perdeu e confira algumas fotos do evento

A Comic Con Experience aconteceu. Entre muito sol e calor (até um pouco de chuva na quinta-feira), tudo parece ter corrido como o planejado. Gente correndo com as compras de exclusivos, chorando com seus ídolos, gastando fortunas com suas séries e filmes favoritos e ficando horas em filas, muitas filas. Nada fora do habitual de uma Comic-Con gringa. E isso é bom.
O lugar, que parecia excelente até sexta-feira, passou a diminuir no final de semana. Claro, a quantidade de pessoas que passou a frenquentar as dependências do Centro de Exposição Imigrantes aumentou exponencialmente, impossibilitando qualquer chance de "ir ali e comprar algo rapidinho". As filas eram tão absurdas que só me restou aplaudir os corajosos que as encararam. Novamente, nada fora do comum, pois as feiras estrangeiras acumulam um número ainda maior de transeuntes.
A falta do que fazer na área principal do evento, depois de vistarmos todos os estandes principais, babarmos com as lojas de importados, ficarmos cara a cara com o Hulk, a armadura do Homem de Ferro, o escudo do Capitão América, o Batmóvel, o sofá do café da série Friends, a sala de estar dos Simpsons, os campeonatos de games e tudo mais que estava exposto, era compensada pelos painéis, sempre cheios de conteúdo e novidades exclusivas.
Teve gente que conseguiu assistir às pré-estreias do final do ano - Operação Big Hero e O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos. Gente que disse que dormiria na fila do sábado para o domingo (será que deixaram? Não sei, não...), outros que madrugaram para garantir o lugar na sala especialmente montada para o evento, com quase dois mil lugares e um telão com resolução 4k e som 7.1. Espetáculo.
O Meet and Greet pareceu agradar ao público também. Com preços que começavam em R$100, os fãs podiam tirar fotos e pegar autógrafos de personalidades como Jason Momoa, Sean Astin, Lino Facioli e outros. E passeando pelo evento, se déssemos a sorte, poderíamos trombar com qualquer um deles ali no estande do Omelete, idealizadores do projeto todo.
O Artist Alley, local para o encontro de novos talentos e outros figurões do mundo dos quadrinhos, foi fantástico. Não sei se as pessoas sabem, mas o Brasil é casa de um monte de quadrinista que está bombando no mundo atualmente. Os irmãos Gabriel Bá e Fábio Moon lhe entregam um exemplar autografado de alguma de suas obras assim, "de boas". Gustavo Duarte (de Pavor Espaciar, uma nova visão de Chico Bento para as graphic novels da Turma da Mônica) também estava presente, assim como pessoas menos conhecidas, mas tão talentosas quanto, como os garotos do Max Reebo, uma tirinha virtual que vale muito a pena ser conhecida. Enfim, um cantinho do sucesso na CCXP.
Meu único ponto negativo em relação a todo o evento diz respeito à localização. Isolado, nos deixava sem nenhuma alternativa para comer, beber ou apenas procurar outros pontos de diversão. Totalmente diferente do que acontece na feira de San Diego, por exemplo, cujos restaurantes, bares e toda uma vida pós-SDCC acontece, independentemente do Convention Center estar funcionando ou não. Basta ter a credencial que já somos convidados.
A falta de lojas especializadas no Brasil nos deixou sem opções na hora de procurar um quadrinho mais raro ou querido dentro da CCXP, afinal, com exceção da Panini e da Comix, só havia mais uma loja vendendo quadrinhos por lá. E essa lojinha, do lado da área dos combates medievais com espadas de espuma, vendia raridades, como a coleção completa das aventuras do Homem-Aranha 2099 e outros "formatinhos" que deixaram de existir, tudo muito legal e com cara daqueles lugares que são de colecionadores e vendem para colecionadores. E uma das coisas que eu achei mais legal na SDCC foram esse tipo de estandes, que além de brinquedos, também vendiam quadrinhos, clássicos ou novos, sempre muito baratos. Afinal, é esse o primeiro passo na formação de um nerd e merece todos os holofotes.
Vamos torcer para a CCXP crescer e se tornar um evento ainda melhor em 2015!
Jornalista de guerrilha, pode ser encontrado no Twitter sob a alcunha de @horokeu, e gosta do seu queijo quente no pão de forma. Prefere mangás a animes (a menos que seja do Studio Bones) e adora competir. Provavelmente mais que você. Quer apostar?